Um caso de desdobramento
Semanalmente, fazemos em nossa casa, na Capital da República, uma sessão espírita de estudos experimentais, em que somos acompanhados pelos engenheiros Dr. Maia Lacerda e Dr. Abel Matos; pelo cirurgião-dentista Tiago Beviláqua e pelo distinto industrial Drumond Júnior.
O primeiro e o último destes cavalheiros são médium psicográficos, sonambúlicos e de outras espécies.
A uma das sessões do trabalho, faltou Maia Lacerda por ter feito viagem para o Estado de Minas, em ponto distante da nossa residência cerca de 600 quilômetros.
Manifestou-se, pelo médium restante, Drumond Júnior um Espírito que batalhava conosco sobre certos pontos do Espiritualismo, em geral, e particularmente do Espiritismo, acusando pesar, por estar ausente aquele nosso companheiro, com quem trazia, de anteriores manifestações, especial roteiro.
Minutos depois, e já se achando em renhida discussão conosco, suspende a argumentação, surpreendido de ver que o ausente estava presente.
Ficávamos em dúvida, porque podia aquilo ser um embuste para nos enganar, mas, em outra sessão, a que não concorreu o mesmo Dr. Maia Lacerda, tivemos a certeza da presença de seu espírito, por nos ter dado a prova, dirigindo-nos a palavra.
Muitos outros fatos desta ordem temos tido em nossos trabalhos particulares, pelo que nenhuma dúvida nos ensombra a crença do desprendimento do Espírito, durante a vida corpórea, especialmente durante o sono.
O desdobramento ou lei de bicorporeidade não pode mais ser posto em dúvida, assim como sua explicação pelo Espiritismo.